Alívio!

| 13/12/2009 | |
Essas são palavras derramadas do mais amargo fel tragado um dia, que deveras neste papel vomitarei!
Queria entender, queria saber de tudo... Acredito que a ignorância nunca fora meu forte, contudo neste caso temo que sim.  Fico a me perguntar por quais motivos tacastes fogo no paraíso, roubaste minha paz com o teu sorriso e agora roubas minha paz com lágrimas!
Acho que cheguei ao ponto mais alto d’aquilo que chamei de amor... Mas que no fundo deveria ter por nomenclatura: engano. Ah quando estava em sua presença eu simplesmente era outro, sorridente, contagiante, e agora me pego a sorrir sorrisos largos com lágrimas escondido as faces. Que paga tive eu por tanto amor dado? Que recompensa mais injusta, que sepulcro de labutas agora me é de recompensas.
Não lhe exigi nada de material, não exigi nada de físico, apenas queria teu sorriso em mim... e o seu amor em meu peito. Queria atirar-lhe flechas flamejantes de revolta, mas até elas me são vedadas, pois quando atiro em ti, elas insistem em voltar para mim, como se o amor que ainda sinto as impedisse de ferir-te, dando-me ao peito flechas de dor, que nem ódio consegue sentir... Anestesiadas.
É, suponho que o ódio se foi com todas as lágrimas, que regrara meu coração ingênuo, que sonhara muito com seus sorrisos e agora nem tem mais o prazer de olhar-te nos olhos. Sua presença era bem quista, fazia-me voar e agora sua presença só me faz cair num abismo sem fim de lembranças, que não sei se são boas ou ruins.
Tenho vontade de gritar, de jubilar e mesmo assim não será o suficiente para que eu tenha o pouco do nada de ti!? Não há mais palavras sensatas para despojar. A dor se faz maior.
Fico a me perguntar: O que há dentro de ti é um coração ou um pedaço de mármore negro e obscuro que antes não sabia eu da existência? Esperava mais e tudo que recebo agora é o amargo sabor do desgosto e frustração. Plantei tanto colhi pouco e no final ainda regro esta plantação com aquilo que já nem há nos olhos, mas escorrem do coração.
Será que você foi um vírus que só serviu a avisar-me que devo ser mais prudentes às questões do coração? Pois se assim o foi, servistes aos meus leucócitos para reconhecer tua linhagem em meu sistema imunológico.
Já tardia a noite está, devo me agachar e não mais meditar, contudo apenas viver... Pois não há outra forma de esquecer, como é ver quem você mais ama com outro... Aqueles abraços eram para mim... Aqueles beijos também! Obstante, fiquei ainda com o nada... Com as mais sutis migalhas derramadas por alguém que simplesmente não soube me amar!


Marcos Vinícius Justino Santos

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