La Vie!

| 26/08/2010 | |
Pessoas, o que são?
Suponho que ainda não tenha conseguido decifrar tal pergunta, venho a me perguntar, de quê são feitas? Pois são tão leves e tão pesadas que me assustam. E a pluma virou chumbo e o chumbo desceu com a lágrima e a lágrima fincou o rosto.
E quando penso que é o fim,  esqueço-me que para certas coisas não há fim... Só uma progressividade atordoante.
Para quê amar demais? Qual é a finalidade? De quê me serve amar os outros se dou tudo e fico sempre com o nada. É engraçado como um estranho rouba o coração, como só um olhar faz encantar, como a faceta da vida entristece! É inútil, é pesado pensar...
Esvazia-me, cansei, quero que tire as vísceras de sentimento, quero doar o coração a outro que cuide dele melhor, e que não faça ele se entregar numa bandeja ao matador com um laço de fita dizendo: Pise, cuspa, escarre, desdenhe... já me tem mesmo!
E que todos os dias eu tenha como companhia a minha leve se sutil tristeza, que podem dizer as más línguas, que é horrível sentir tristeza, mas a única que não me deixou foi ela, a única que me abraça quando quero chorar, quando quero gritar meus medos... A única!
E um dia perguntaram-me: Hey gatoro o que faz as lágrimas descerem? E eu disse a enorme vontade de lavar a alma que está tão vazia de si, que nem sabe se precisa ser lavada!
Mas não contente ainda meu interlocutor perguntou:
Garoto, o que deixou você tão triste?
Quase sem palavras e com um sorriso de lágrima, entre dentes respondi: A vida! 

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