Fabricado.
Postado por
Vinícius Santini
| 24/06/2010 |
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E quando fecho os olhos e tento olhar para dentro, onde só eu tenho acesso, onde nenhum ser tem a capacidade de adentrar; posso ver que ainda está lá aquele pedaço de cristal tão especial, todo remendado, cheio de erros, imperfeito na forma, com muitos buracos, mas que ainda pulsa com um sorriso alheio, e se distrai com aquilo que almeja.
Analisando esse pequeno ‘objeto’ lembro-me pra quantas pessoas eu já não emprestei, eu já não o sacrifiquei, por umas tive muito agrado e recebi outro objeto pra elas substituem o meu, de outras, só palavras e sons recebi. Quantas e quantas vezes ele estava tão triste, que pensei que por si só ele quebraria, e quantas e quantas vezes imaginei que ele era forte, duro como o aço... Mas ainda bem que não é duro como o aço, pois este enferruja, apodrece e vira pó em contato com a água, mas dá onde sai água? Oras das lágrimas que lavam este objeto, lágrimas que purificam, deixam-no limpo, acredito nelas como força e nunca como fraqueza pois, só choram os fortes, os que se acham fortes por não derramarem lágrimas não são felizes estão presos neles mesmos.
Há momentos que gostaria de jogar essa ‘peça’ fora, mas fico a me perguntar: Será que viveria sem essa peça, sem esse objeto dentro de mim? Ora, quantas duvidadas, não? Ainda que viva sem esse objeto dentro de mim, conseguiria ser feliz, sendo que dessa peça’ que provêm o bem e o mal... Acho que o meu erro e deste texto é chamar esse sutil órgão de “peça” de “objeto”, sendo que, este é feito de carne remendada e costurada tantas e tantas vezes, pois é assim que o vêem, como uma ‘peça’ substituível, trocável, cambial.
Não importa mais o nome desse ‘orgão’ ‘peça’ ‘objeto’, mas de uma coisa tenho plena certeza... Você não terá que pegar os cacos desse “objeto” no chão; Já posso sozinho pegá-los para mim, e estou disposto à costurar, colar, remendar, seja lá qual for o nome, mas novamente a “peça” está posta no lugar e servirá mais uma vez à sua finalidade.
2 comentários:
26 de junho de 2010 às 06:23
muito forte seu poema'
Mas ainda bem que não é duro como o aço, pois este enferruja, apodrece e vira pó em contato com a água, mas dá onde sai água? Oras das lágrimas que lavam este objeto, lágrimas que purificam, deixam-no limpo, acredito nelas como força e nunca como fraqueza pois, só choram os fortes, os que se acham fortes por não derramarem lágrimas não são felizes estão presos neles mesmos. ( Justino )
Essa é à mais pura verdade' ...
parabéns!!!
30 de novembro de 2010 às 18:38
Nossa vinne , escutando vc recitar essa obra que escreveu pelo tel de madrugada me emocionou dimais *-*
Nossa de vdd *-*
Adoreeeey esse poema
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