Escada à saudade.

| 14/05/2012 | 0 comentários |

E todos aqueles sorrisos bobos, misturados com uma timidez ímpar e assustadora, que devora e rumina. Todas aquelas gentilezas, esforços e despojos. Aquelas noites em claro, olhando pro alto, jurando pra si mesmo "Eu não me importo" e no fundo você ouvia um "e daí". Mas estou com medo porque minto todos os dias quando digo que não me preocupo, que não ligo, que não procuro. Por mais que não te procure fisicamente, tenho te revirado em meus sonhos, tenho cavado pensamentos, perfurado as mais sólidas rochas pra encontrar-te. 
Estou caindo, pálido, gélido... Num abismo cavado por mim mesmo; vazio imenso e torturante. Porque em todos aqueles sorrisos eu abria mais a cova, todos aqueles olhares e os sinais de importância me fazia adentrar mais este poço. Lembre-se de mim, estou aqui, no penhasco aberto pra te encontrar. Encontrar o que se perdeu, mas infelizmente para lembrar, é necessário sentir falta e, para sentir falta, é necessário amar. 
Eu não gostaria de subir a escada. Ela me levaria para fora... fora de ti!

O Gato e o Rato

| 10/12/2010 | 0 comentários |
Sniff, e lá está correndo o rato, coração acelerado, ele corre como se nada na vida fosse mais importante, sniff, ele corre, corre como se o chão fosse seu principal inimigo! Ah pobre rato, fora pego pelo gato. Que lindo! O gato brinca com o rato, eles estão lindos juntos- olhem a amizade não é mesmo perfeita?- E gosto, miau, utiliza a patinha pra brincar, a patinha que aterroriza o seu amiguinho novo, e o coração do rato é minúsculo, caso fosse grande se ouviria como ele deve estar batendo rápido, deve ser de felicidade pela amizade do gato, deve ser de satisfação, euforia! Quem olhar dirá- que meigo não?
De repente o gato cansa de brincar,  o rato ainda continuar ‘feliz’ com seu coração batendo e batendo cada vez mais forte, o gato descansa com seu novo amiguinho entres suas patas, ele olha fixamente para o rato, como quem diria, ele o ama? Oh sim, ele o ama, quem olhar dirá que agora é um casal, esqueçam as diferenças de raças, de espécies, eles se amam. Queria dizer que o amor é o alvo dessa história, pena não poder agradar ao leitor! Quando se menos espera- o gato mia bem alto- MIAU, será uma declaração de amor e carinho? NÃO... O gato sempre brinca com o rato antes de matá-lo... é tão lindo a brincadeira, que pensamos que são amigos, quando você menos espera lá está o gato com o rato na boca, sentindo o gosto de suas entranhas, como se a ingratidão não fosse nada mais do que o aroma de um sangue, ingratidão pela diversão que o rato lhe proporcionara, ingratidão é o nome do gosto, gosto do sangue do rato!   

Nascimento

| 17/10/2010 | 0 comentários |

Está apertado aqui, está meio escuro, não estou conseguindo enxergar... Onde está, não, não volte, por favor, volte. Estou com medo, muito medo, meu coração está batendo forte, forte, forte... Estou ouvindo uma voz de dor, mas de satisfação. Não estou entendendo, escoou, para onde foi? Estou com frio, muito frio, onde está meu manto, úmido manto. E num repente uma luz, que luz é essa, não, não, não, meu olhos estão doendo.
Ah, ah, ah... Eu vou estourar! Está enchendo, está enchendo e me sufocando ou me fazendo respirar, estou com medo, dói demais aqui dentro quando tenho que viver. Onde está o lugar de amor ou de dor?
Oh, por que todos estão olhando para mim, para quê tudo isso? Parem, não quero, não me toca, não, não me leve, não me deixe só também... Não me tranque, não me castigue. Também não se espante por eu chorar do nada pelas madrugadas, ou quando acordar querendo brincar e rir com você... Onde está à vida, minha raiz, meu porto seguro? Cadê você? Estou com medo neste quarto sozinho, está escuro...
Já sei gritar, vou mostrar minhas necessidades... Eu grito “fome”, mas só sai um AHHHH AHHHH, eu grito sede, eu estou com frio alguém me entende, alguém sinceramente se importa... Esqueceram-me? AH não... Estão aqui, que abraço gostoso! Por que raios demoraram? Ah estou tão bem, tão lindo, tão limpo, tão puro...
Para onde estão me levando, quem são vocês? O que estou fazendo aqui... Tirem-me daqui? Socorro! Não! Soltem-me, me tirem daqui, por favor, eu quero meu lar, quero minha vida, quero meu estar! O que eu fiz? Por que estão me batendo? Por que mereço apanhar, mereço sofrer? O que te fiz? Ó não a vida, está mudando, ó não estou gritando, por favor ... Pare, pare, não quero conhecer, não quero ter ciência... Não quero apanhar... Não quero sofrer... Não quero chorar por ninguém a não ser eu mesmo como tenho chorado, não quero amar nada, não quero amar ninguém, não quero sentir falta, não quero ter medo e não receber abraço... Eu quero somente o braço, do aço do meu carrinho de bebê. Eu não quero crescer, crescer é sofrer, é aprender que ser criança não é um sofrimento inicial, ser criança é sofrer, mas crescer e saber que não se pode ser e ter tudo que almeja, é morrer...  Eu quero te abraçar por dentro mãe e nunca mais sair daqui!
“Choramos ao nascer porque chegamos a este imenso cenário de dementes” Shakespeare
Shakespeare

Dar'te

| 01/09/2010 | 0 comentários |
Que seja eu o escolhido do divino nao ?  Quem me dera ter toda a propriedade de transportar corações, e fazer com que simples palavras vagas fizessem o qeu nao sei se sou capaz. Hoje nao enchergo mais possibilidades e sim vejo pessoas, algumas que já desistiram de tentar e algumas como eu que ainda está aqui falando palavras vazias, mas tentando preencher um coração alheio! Posso ser teu céu ou teu inferno... Mas caso seja teu, já me é de bom tamanho!   

La Vie!

| 26/08/2010 | 0 comentários |
Pessoas, o que são?
Suponho que ainda não tenha conseguido decifrar tal pergunta, venho a me perguntar, de quê são feitas? Pois são tão leves e tão pesadas que me assustam. E a pluma virou chumbo e o chumbo desceu com a lágrima e a lágrima fincou o rosto.
E quando penso que é o fim,  esqueço-me que para certas coisas não há fim... Só uma progressividade atordoante.
Para quê amar demais? Qual é a finalidade? De quê me serve amar os outros se dou tudo e fico sempre com o nada. É engraçado como um estranho rouba o coração, como só um olhar faz encantar, como a faceta da vida entristece! É inútil, é pesado pensar...
Esvazia-me, cansei, quero que tire as vísceras de sentimento, quero doar o coração a outro que cuide dele melhor, e que não faça ele se entregar numa bandeja ao matador com um laço de fita dizendo: Pise, cuspa, escarre, desdenhe... já me tem mesmo!
E que todos os dias eu tenha como companhia a minha leve se sutil tristeza, que podem dizer as más línguas, que é horrível sentir tristeza, mas a única que não me deixou foi ela, a única que me abraça quando quero chorar, quando quero gritar meus medos... A única!
E um dia perguntaram-me: Hey gatoro o que faz as lágrimas descerem? E eu disse a enorme vontade de lavar a alma que está tão vazia de si, que nem sabe se precisa ser lavada!
Mas não contente ainda meu interlocutor perguntou:
Garoto, o que deixou você tão triste?
Quase sem palavras e com um sorriso de lágrima, entre dentes respondi: A vida! 

Somos

| 19/07/2010 | 0 comentários |
A vida tem lá seus mistérios eu nao conheço todos pois ainda nao vivi o suficiente até meu corpo desfalecer no chão sucumbindo ao Beijo da morte...      Ou seja ... pra aprender a viver tem que se vivertoda uma vida!      

Fabricado.

| 24/06/2010 | 2 comentários |
E quando fecho os olhos e tento olhar para dentro, onde só eu tenho acesso, onde nenhum ser tem a capacidade de adentrar; posso ver que ainda está lá aquele pedaço de cristal tão especial, todo remendado, cheio de erros, imperfeito na forma, com muitos buracos, mas que ainda pulsa com um sorriso alheio, e se distrai com aquilo que almeja.
Analisando esse pequeno ‘objeto’ lembro-me pra quantas pessoas eu já não emprestei, eu já não o sacrifiquei, por umas tive muito agrado e recebi outro objeto pra elas substituem o meu, de outras, só palavras e sons recebi. Quantas e quantas vezes ele estava tão triste, que pensei que por si só ele quebraria, e quantas e quantas vezes imaginei que ele era forte, duro como o aço... Mas ainda bem que não é duro como o aço, pois este enferruja, apodrece e vira pó em contato com a água, mas dá onde sai água? Oras das lágrimas que lavam este objeto, lágrimas que purificam, deixam-no limpo, acredito nelas como força e nunca como fraqueza pois, só choram os fortes, os que se acham fortes por não derramarem lágrimas não são felizes estão presos neles mesmos.
Há momentos que gostaria de jogar essa ‘peça’ fora, mas fico a me perguntar: Será que viveria sem essa peça, sem esse objeto dentro de mim? Ora, quantas duvidadas, não? Ainda que viva sem esse objeto dentro de mim, conseguiria ser feliz, sendo que dessa peça’ que provêm o bem e o mal... Acho que o meu erro e deste texto é chamar esse sutil órgão de “peça” de “objeto”, sendo que, este é  feito de carne remendada e costurada tantas e tantas vezes, pois é assim que o vêem, como uma ‘peça’ substituível, trocável, cambial.
Não importa mais o nome desse ‘orgão’ ‘peça’ ‘objeto’, mas de uma coisa tenho plena certeza... Você não terá que pegar os cacos desse “objeto” no chão; Já posso sozinho pegá-los para mim, e estou disposto à costurar, colar, remendar, seja lá qual for o nome, mas novamente a “peça” está posta no lugar e servirá mais uma vez à sua finalidade.

Meu Epitáfio

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É engraçado quando você está só, quando não há vozes ao seu redor tentando dizer o que você é ou deveria ser, é meio bobo, insano como o tempo parece se arrastar no seu próprio e metódico silêncio. E quando o sal vira açúcar e este por sua vez, quase comparável com o mel torna-se fel... E quando o silêncio pode ser quebrado, burlado, pelo som da lágrima que cai.
Estranho não? A vida tem lá suas doces verdades, mais doces que essas verdades é o dissabor, este que te fazia voar com uma assa só, pois a outra estava ocupada demais tentando tocar o coração do vento. Loucura define a vida, não vivemos apenas porque é bonito, porque é bom, mas sim porque somos abrigados, até mesmo para a morte somos covardes... Tememos a vida, mas não nos arriscamos nela, podemos até tentar antecipar a morte, mas o maestro da vida, bate a batuta e faz você voltar ao mesmo compasso de sempre, como se nada mais fizesse sentido do que a valsa que uma hora tem sua parte calma e em outra a sua fuga extraordinária!
E toda essa relação humana é de enojar, não? Quanta hipocrisia em um sorriso. Vivemos por viver, muitas vezes como se o sorriso fosse algo obrigatório em um “bom dia”. Queremos delegar, ser algo que marque, que fixe nossa maior característica no mundo, dizemos: Eu não sou orgulhoso, mas não posso te perdoar; Eu não tenho preconceito, mas meu filho nunca será gay! Onde vivemos? O que estamos construindo, se não, um mundo de sorrisos forçados e abraços falsos!
O silêncio me abraça, conforta-me, só eu e meu eu, minhas palavras soam como uma música na qual a vida não tem o poder de controlar, aqui o castelo fica azul quando quero, o príncipe volta ao posto de sapo, as princesas caem da sacada e tudo quanto posso imaginar a vida não impedirá aqui dentro! Parece que estou gritando calado, estou pulando deitado, estou falando mudo sendo...
É uma contradição viver e continuar vivendo, lutar e não chegar, mas continuar a lutar, ouvir um eu “te amo” e acreditar firmemente que nada nem ninguém irá te separar do ser amado. É doce sonhar e, sonhar é inerente a vida. Neste palco somos nós que construímos, tropeçamos, caímos, nos recompomos, empinamos nossos narizes e fingimos que nunca pisamos na lama e afundamos o pé! Casei da perfeição da vida, quero a obsolescência, quero algo que o mundo não inventa, quero gritar dentro de mim, tudo que preso está... No externo não há nada a não ser o silêncio dos que não se importam, então porque gritar para eles se só quero ouvir dentro de mim?

Medo!

| 08/03/2010 | 2 comentários |
Te vejo com medo, medo de decepcionar ... medo de não ser o que esperam, medo de não ter quem você ralmente quer... medo de dizer "Espera aí vou ter a minha vida!"... medo de não agradar pelas escolhas ... você quer ser exemplo, você quer  ser o que os outros querem que você seja... 'ou finge querer... Usa válvulas de escape pra fugir do seu EU, usa subterfúrgios pra naõ assumir certas decisões!.. Te vejo como uma criança trancada num quarto escuro com medo da vida e roendo as unhas!      

Autenticidade

| 07/03/2010 | 0 comentários |
Bom, será apenas minhas palavras d'alma que hei de dignificá-la a provar lhe que meras palavras inda são vagas pra definir o que ainda nem mesmo Galileu e toda sua ciência fora capaz de afirmar!      
     Afirmar é tomar partido, é rotular, é estragar!      
     Defina o amor; ou até mesmo o ódio      
     Impossível tentar falar-te de amor ou de ódio sendo que o que sinto não transcrevo neste mero papel... Impossível é dizer o que meus lábios queriam dizer unidos aos teus, proeza está dada aos Anjos!      
     Se indas duvidas, beija-me, e que Deus me ajude a provar com meus Beijos o sincero pesar da sua dúvida!

Remorso

| 03/03/2010 | 1 comentários |
A doce tempo
Tempo que cura anseios
Que me recorda teu sorriso
Enche-me de lágrimas de saudade

Como pude deixar escapar
Fugi como quem foge da forca
Sabendo que a tua forca ainda
É minha salvação

Ah tempo que não apaga
Que não retira os laços
Que amarram este coração
Será que ainda a verei?
E com certeza  desconcertar-me-ei

Apenas o teu sorriso
Apenas ele fora capaz
De prender este coração
Que ainda treme
Só de pensar na tua ausência

Covarde;
Inútil...
Que fui ao te deixar fugir
Sem antes dizer o quanto te amo
Remorso: sinto pela falta de ousadia.
Nunca lerá estes versos
Que faço com alma indagada
Mas ainda sim
Que te alcancem minhas lembranças...

Vazio silêncio

| 13/02/2010 | 0 comentários |

Houve dias em que o vento sussurrou coisas, doloridas, amargas. Houve épocas de profundos desgostos, labutas, trevas... Onde um mar estava tão revolto a ponto do meu pequeno barco ir quase a naufrágio, onde todos aqueles castelos se desfizeram com o vento, nada mais restara do que singelas lágrimas para restaurar e molhar o barro para moldar novos castelos.
Não é a morte o que assusta o ser humano, não mesmo, o que mais assusta é a vida: é nela que acontece o feitiço, a magia e até o declínio. Às vezes olho pro céu em busca de elos que me una a tudo quanto quero esquecer e que insiste em sobreviver ao meu veneno do despojar. Voar com está chuva é uma loucura, mas estou bem firmado em um galho e nele eu sei que posso descansar e caso este me falhe, sei que ainda possuo asas para não ir de encontro ao chão.
Sinto-me preso nesta terra, neste espaço, esfera... Um círculo viciante de culpa, e quando do topo avisto o mar, eis que o topo se aplaina e me traz ao mesmo nível de onde parti. Que vida, que incerteza... Saio para a rua e só vejo olhares, olhares de projeções... de simples formação e não informação. Será que realmente importa, quando ninguém mais se importa? Vale a pena valer, quando você não vale? Será que compensa o risco se você está neste barco e tem medo de nadar no mar revolto?
Simploriamente ouço o silêncio e ele me força a crer que algo será dito, que por mais que eu não escute o coração continua a bater, pulsar, sangrar e escoar todas as angústias...  O silêncio grita e é isso que me assusta... Não é o vento ou o seu cantar e sim o silêncio da montanha inatingível; Alta, perco o ar, o fôlego, o espírito e vivacidade. Mas ainda ele está aqui, este silêncio opressor, confunde-me... Brinca como se eu fosse um rato nas mãos do gato a ponto de ser devorado achando que tudo é um simples flerte!
Dá-me capacidade do vazio da montanha, do estreitamento do vale, das águas gélidas dos pólos... Pra que quando a aurora mostrar-se eu possa apenas escutar meu coração em meio a todos os rugidos de leões. 

Desgosto

| 26/01/2010 | 0 comentários |
Vou forçar meus pensamentos, espremer, tentar gotejar o pouco que me resta dentro do vazio eu . Vou tentar correr, fugir, escapar, opcionalmente para não te ferir, pra mim não sangrar.
Eu quero gritar, porque será que mesmo feliz ainda vou a chorar... Por que com tanta coragem eu vejo ao meu redor a minha mais nobre covardia; única e disforme. Tentarei colocá-la numa fôrma para tentar moldá-la, tentar dar forma!
Que dor meu Deus, quantas lágrimas ainda hei de chorar pela indecisão! Ser ou encenar! Quero parar, quero reavaliar... quero me olhar no espelho e saber quem sou, do que sou feito, pra quê fui criado? Por que sempre temos que dizer a palavra não... Queria ser capaz de dizer sempre sim! Mas o não me atordoa, me enlouquece, devora-me!
Cercado de tantos tabus, de tantas cordialidades, de tanta hipócrita etiqueta! Quanta hipocrisia neste palácio cercado de “Não me toques”. Não sou de porcelana, porém quebro, mas  as vezes sinto-me como se fosse um martelo a destruir os sonhos alheios!
Quantos já se partiram, quantos já se racharam, trincaram, ah quantos corações dilacerados, mas ninguém nota o meu já está em cacos, em pranto, em estrago; Pútrido! Como alguém ainda olha para mim e deseja este coração? 
Pelo amor de Deus, chamem o médico, ele está pedindo por clemência, ele diz simplesmente: “Preciso da sua Benção, antes de partir!”

Alívio!

| 13/12/2009 | 0 comentários |
Essas são palavras derramadas do mais amargo fel tragado um dia, que deveras neste papel vomitarei!
Queria entender, queria saber de tudo... Acredito que a ignorância nunca fora meu forte, contudo neste caso temo que sim.  Fico a me perguntar por quais motivos tacastes fogo no paraíso, roubaste minha paz com o teu sorriso e agora roubas minha paz com lágrimas!
Acho que cheguei ao ponto mais alto d’aquilo que chamei de amor... Mas que no fundo deveria ter por nomenclatura: engano. Ah quando estava em sua presença eu simplesmente era outro, sorridente, contagiante, e agora me pego a sorrir sorrisos largos com lágrimas escondido as faces. Que paga tive eu por tanto amor dado? Que recompensa mais injusta, que sepulcro de labutas agora me é de recompensas.
Não lhe exigi nada de material, não exigi nada de físico, apenas queria teu sorriso em mim... e o seu amor em meu peito. Queria atirar-lhe flechas flamejantes de revolta, mas até elas me são vedadas, pois quando atiro em ti, elas insistem em voltar para mim, como se o amor que ainda sinto as impedisse de ferir-te, dando-me ao peito flechas de dor, que nem ódio consegue sentir... Anestesiadas.
É, suponho que o ódio se foi com todas as lágrimas, que regrara meu coração ingênuo, que sonhara muito com seus sorrisos e agora nem tem mais o prazer de olhar-te nos olhos. Sua presença era bem quista, fazia-me voar e agora sua presença só me faz cair num abismo sem fim de lembranças, que não sei se são boas ou ruins.
Tenho vontade de gritar, de jubilar e mesmo assim não será o suficiente para que eu tenha o pouco do nada de ti!? Não há mais palavras sensatas para despojar. A dor se faz maior.
Fico a me perguntar: O que há dentro de ti é um coração ou um pedaço de mármore negro e obscuro que antes não sabia eu da existência? Esperava mais e tudo que recebo agora é o amargo sabor do desgosto e frustração. Plantei tanto colhi pouco e no final ainda regro esta plantação com aquilo que já nem há nos olhos, mas escorrem do coração.
Será que você foi um vírus que só serviu a avisar-me que devo ser mais prudentes às questões do coração? Pois se assim o foi, servistes aos meus leucócitos para reconhecer tua linhagem em meu sistema imunológico.
Já tardia a noite está, devo me agachar e não mais meditar, contudo apenas viver... Pois não há outra forma de esquecer, como é ver quem você mais ama com outro... Aqueles abraços eram para mim... Aqueles beijos também! Obstante, fiquei ainda com o nada... Com as mais sutis migalhas derramadas por alguém que simplesmente não soube me amar!


Marcos Vinícius Justino Santos

Escrito à alguém que não mereceu!

| 02/12/2009 | 0 comentários |
Quando pude te ver você estava entre a multidão, entre a escuridão, mas mesmo assim vi que era um anjo, um Anjo Lindo! Ah como pude eu destruir o óculos daquela pobre criança órfã. Mas sou grato àquela criança, pois graças a tal conheci o Anjo!
Hoje sei muito mais e muito menos sobre o que sei! Sei que quando se ama o tempo não passa, o dia não chega, a noite é uma eternidade. Pude perceber que eu sou o escuro que me afasta do claro do meu próprio Eu! Ah doce dia, quando ficara eu olhando fixo ao celular para tentar entender o que por deveras vezes se passara em minha mente.
Sabe quando nada faz sentido, comer, falar, respirar, e até mesmo sentir-se vivo!  Eu quis tanto estar, que o meu estar estava abalado, quis tanto ter, que não tinha o cuidado de manter o que tenho, quando penso nego, quando erro, falo, abaixo, calo-me, escondo-me e me sinto pleno de um oco sem compreensão!
Muitas coisas deixaram de ter sentido concreto, comecei a me abrir ao abstrato, a dizer o que não era mais passível de eu mesmo dizer, sentido? Que não era mais importante guardar nomes, decorar versos, pois levara comigo o teu sorriso... Levara tua doce voz para acalmar meus anseios, pra dizer eu estou perto de você! Cheguei a ponto de não ver estrelas e sim os teus olhos... Cheguei a pensar que precisava de remédios de loucura... Pelo simples fato de estar confuso obscuro no escuro.
Lembro-me que na chuva... Ah doce, bela, vivente chuva. Eu a beijei? Ou um anjo que se deixou beijar...? Ah como pude, te girar em meus braços, fora o motivo alfa de toda a equação desse ano que se somara em triste anseio que exponho agora!
Creio que nada acontece por acaso... Somos sempre mais do que os simples olhos mortais e sem sentimentos podem prever, creio que cada ser é único pelo simples fato de ser ele mesmo! Não sofrerá comparação a nada... Pois com minhas limitações sei, que nada, absolutamente nada é comparável a qualquer coisa que possa requisitar que o seja!
Quando o vento passa, sei que de alguma forma essa labuta chega até seus ouvidos graciosos, sei que quando grito no fundo do meu Eu, você deve ouvir no final da frase: eu lutei, eu tentei, mas não sei se fui capaz de chegar até onde o espírito angustiado se tornara em coro de júbilo! Por que a dúvida sempre é o carrasco de quem ama? Por que o tempo é a distância de quem quer estar junto... Hoje sei que por mais que tente tirar da mente, já não posso, pois antes tenho que limpar meu coração dos resquícios que sobrarem... Hoje sei que não há motivos para esquecer, pois tudo faz lembrar, por ventura até mesmo as lágrimas são sinais de lembrança? Será que até as que fincam o duro coração são as de consolo...?
Hoje venho desarmado, trago comigo apenas um vazio em meu peito, e uma boca intumescida de tantas coisas pra falar, mas poucas para serem ditas...  Seletivo? Cauteloso?  Apenas eu sei o que sou... Mas sinto-me a vontade com o meu computador, com meu raciocínio não lógico, pois a lógica não fora feita àqueles que amam!
Digo mais... Sinto-me imensamente à vontade, mas não me engano, pois neste papel só cabem definições, que nada mais são que apenas simples palavras, simples conjunções gramaticais que tentam te induzir aquilo que senti, que sinto e que já não sei por quão duradouro o será!
Perdoe-me se não sou eloqüente nas palavras pronunciadas pela minha boca... Ela fala, mas não sente nada, e o que sinto se esvai por entre dedos, escorre até essa folha para dizer apenas a ponta do que sinto...!
A dúvida é algo torturante... É a dor antecedente pelo evento esperado!
Queria-te dizer muito obrigado por ter-me deixado fazer parte da sua vida nestes últimos dias... A mim isso fora um privilégio inexoravelmente lindo.  Não sei se neste momento que estou te dando isto o meu sentimento é triste ou contente, não sei se estou rindo ou chorando... Só sei te dizer que caso esteja chorando, quero que saibas que até mesmo minhas lágrimas têm por serventia cingir você com mais amor em meu coração!
Você significa muito pra mim, independentemente da minha reação e do resultado de conversa tal! Independe tudo neste momento... Porque não sei dizer que gostei, ou que troquei... Ou que apenas senti um dia... Mas digo sempre... Que tudo é marcante e tudo absolutamente tudo nos torna melhores em partes... Na crise colocamos o melhor de nós para reerguer aquilo que está caído!
Não é paixão... Mas que seja feita a vontade de Deus e não a minha!

 “Que não seja imortal posto que é chama mas que seja infinito enquanto dure..”.
Vinícius de Moraes


Marcos Vinícius Justino Santos

Eu tento

| 25/11/2009 | 0 comentários |
Eu tento, tento!

Sou o confuso do eu, 
sou o confuso do quero...
Ah como busco entender, 
mas mesmo sem entender sinto-me completo,
quantas vezes mais hei de gritar e bocejar?
Eu tento, tento, mas apenas a ignorância do não saber me é dada!
Busco achar palavras em mim cabíveis a definir...
a não omitir, a dizer realmente o que é real...
Mas por deveras vezes eu me perco em minhas próprias respostas,
queria ser dono, queria ser patrão, o chefe guardião do meu coração...
Sou limitado, o tenho no peito mas ele ainda não me obedece.
Ele esquece que não sei dizer não...
Eu tento, tento, mas contudo, eu apenas digo sim... 
De olhos fechados a tudo que seja não!
Eu tento entender, grito por saber, adoraria ter, para poder compreender...
O que por acaso passa no coração de uma Mulher...
A amo, mas não compreendo... É tão vasto que me perco apenas no teu olhar!

Cansei!

| 19/11/2009 | 1 comentários |
“Sabe... eu cansei...
Cansei de beijar bocas por beijar,
de abraçar sem vontade,
de sorrir por conveniência,
de dizer EU TE AMO pra não decepcionar,
de dizer sim pra agradar,
de me calar por medo de ofender, ainda que eu tenha sido ofendida,
de escutar tudo calada por medo de represaria,
de pedir desculpas sabendo que a culpa não foi minha,
de viver de aparências,
de ter de dizer "Que ótimo" quando na verdade eu queria dizer " Odiei".
Cansei... cansei... cansei...
E bem me importa o que as pessoas ao meu redor vão pensar... já me cansei da maioria delas também.
CANSEI!!!!!!!!!!!!!!!”
Maria Rita

Um Coração Chorando!

| 17/11/2009 | 1 comentários |
Simplesmente não pude entender! Eu não pude, mas as lágrimas que rolam no meu rosto me dizem o pior... 
Culpo-me, eu, por não ser capaz de brigar com este coração bobo, insistente, que viciou no teu sorriso, que ao te ver bateu e dilatou, perdoe-o!
Perdoe este simples ogro que se dá ao luxo de sonhar com a fada mais bela,  perdoe esse ser desprezível por ser poeta  Não quero suas limitações,
 Quero seu amor!
Simplesmente me perdoe também por dizer isso: EU TE AMO
Perdoe-me!


Um coração cativo.

| 15/11/2009 | 0 comentários |
Em meio os meus medos... Um coração cativo.
Quem disse que temi algo, não temi... Apenas não tenho certezas
Não estou gritando, ainda;
Quisera eu gritar, e quem sabe a saudade passa... quem sabe esses velhos pensamentos se afastariam de mim. Oh explica-me, o porquê de não conseguir esquecer teu sorriso, explica-me o porquê de não me ver sem, longe, tenho que estar perto... Afastado de ti, despedaço-me arraso-me, me sinto o oco do nada...
Ao certo venho me perguntando o porquê de não ter tido coragem de sair correndo! Na realidade eu saí... Mas não importa mais! Ao vê-la dobrando aquela esquina tive a certeza que partistes, mas que levara a grilhões, o meu coração.






Lágrimas abstratas

| 14/11/2009 | 0 comentários |
“É imprescindível dizer eu te amo! Uma simples frase que ao certo não é capaz de dizer o real sentimento; Frase esta que já mudou vidas... Transformou histórias, Reavivou memórias... Frase que só pode ser substituída por um abraço fraterno, uma conversa sincera, um ombro amigo, obstante não será o mesmo! Sendo mais que fale, ainda não sei este mistério... Pois o que digo não é o que sinto, pois fragmentos do que sinto se perdem quando digo e se tornaram pensamentos! Amar foge às explicações... Quem ama não explica, não compreende e sim sente... Pois o amor é inexplicável! Chega calmo, chega manso, e rápido, ligeiro e ao mesmo tempo assustador... Até parece que vamos voar de tão leve que ficamos, mas também de tão pesado de saudade.”
“O tempo não apaga o amor... a dor sim... O tempo e a distância são como o fogo, aumenta o amor do mais forte incendeia e o faz deliberadamente crescer... E apaga a pequena chama da paixão! Metódicas ainda são as minhas palavras, simples o falar deste ser inútil que não pudera amar. Sonhar talvez com a ninfa mais bela e perfeita... Rogo-lhe: Dar-me assas para voar, pois cansei de sonhar e quero a encontrar...  Desprovido que quaisquer armaduras, pois diante de ti estou nu, diante de ti estou sem máscaras!”
“Que eu possa um dia desvendar o mistério dos teus olhos, desvendar àquilo que sou leigo! Que mortal nenhum defina: Definir é limitar, é dar forma ao que não tem, é dizer que o amarelo é roxo, isso sem fundamento em que todas às cores derivam do branco...”
“O modo em que vejo o Mundo é único, é só meu, e abruptamente ele me estranha e me faz corar, faz-me chorar, gritar e até mesmo espernear! Todos que se foram deste mundo não souberam ao certo o que sentiam, todos absolutamente todos lutaram contra si mesmos a descobrir o abstrato... eu sou o abstrato o indefinido, simplesmente imprevisível...”
“Caso ouça em seus doces ouvidos um som terno e breve de algo cair no chão, serão minhas lágrimas de emoção, inda não sei explicar o que mudou, mas nada está igual!”


NO MEIO DE UM TUDO!

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Me sinto meio...
meio estranho
meio louco
meio insano...
meio bobo
meio covarde ...
meio corajoso
me sinto meio no meio da floresta...
meio enganado
meio medroso...
meio amargo
amoroso...
Me sinto completamente como o meio do nada...
Dando risada dos meus próprios meios...
me olho e me acho meio...
me vejo e fico meio
Meio emotivo
meio cauteloso
meio rústico...
meio medroso
Quando abro a boca falo pouquíssimas palavras...
todas são meio...
todas são pouco
mas quando penso em você
deixo todo o meio e me torno PLENO
Pleno Desejo...
Pleno anseio...
Pleno calor...
Pleno amor...
mas ainda tenho medo do meio que me acompanha de perto...
tenho medo que também tenhas um Meio...
mas confio no Deus que sirvo e nas promessas dele...
Eu Creio que para esse DEUS não existem MEIO...
Por isso o meu AMOr será PLeno...
Lutar e morrer no meio mas ainda lutar e não fraquejar ...
Se morrer morrerei feliz ...
Pois um dia Fiquei
MEIO & Plenamente apaixonado!

Torná-te!

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"Não sei o que sou... Dizê-lo é um mistério, realizá-lo o incerto. Simplesmente me julgo como um algo de insignificante escolha, como dores passadas, sofridas... mais que esquecidas...
Torno-me a ver-me como via antes...
Torna-me a ver-me como te tenho visto;
Ou somente Torna-me... Pois o teu tornar, já me é de bom tamanho!"


Sou ou Sonhei!?

| 31/08/2009 | 2 comentários |
Sou o protagonista da história que não vivi,
Sou amante de quem nunca amei,
Conhecedor daquilo que não vi,
Criador do que é divido,


Posso não haver vivido,
amado ou visto;
Contudo te carrego...
oh coração,
que ainda insiste em dizer que
não fiz ou deixei de fazer!


Mas se nessa vida
alguma cousa fiz, foi...
Sonhar que vivi;
Sonhar que amei; 
Sonhar que a vi;
Sonhar que a criei...
Só não posso dizer-te que 
ESQUECI tudo que sonhei! 

Quem Sou! Anormal

| 29/08/2009 | 0 comentários |
NORMAL?


Dificilmente nos encontramos e realmente nos reconhecemos, é quase impossível dizermos que temos esta total capacidade!
Sou normal a medida do possível... Pois ainda não foi dito o que é um ser normal e um anormal!
Normal pra muitos é ser cego em meio aos desastres que ocorre por todo o Mundo, normal é se super valorizar esquecer que há outras pessoa do nosso lado, que também são dotadas das mesmas capacidades... Normal é  se reunir aos domingos com sua família gozando de uma fraternidade mentirosa, onde você não suporta uma tia e mesmo assim à abraça no Natal e diz que a ama!
Normal é olhar um mendigo na rua e pensar que seu quociente intelequitual é maior e melhor que o DELE, normal é você se reunir com amigos para rir e fingir que a vida é bela e perceber que você está retido na escola...Normal é se trancar em casa e acreditar que a vida real é a novela das oito! 
Normal é você pensar que graças a uma esmola dada ou a uma boa ação, você está isento de todo e qualquer mal feito! Normal é abraçar por interesse, beijar por beijar, achar que o centro é sempre o centro e que não a nada à sua volta!
Normal é imaginar que vivemos em um país emergente, que nada mais é do que uma palavra que reflete que seus habitantes ainda não atingiram nem cinqüenta por cento do seu potencial! Normal é você desfilar na sua escola com um tênis Nike de mola, mostrando orgulho e soberba, enquanto  não tem a mínima noção que o seu subterfúgio de fama, fora fabricado pelo proletariado chinês que recebe setenta centavos dólar por hora e isso é seu subsídio!
Normal é você andar de ônibus para ir ao trabalho ou a escola e reclamar que as condições são estressastes e desumanas, mas você gostaria de morar na roça, onde crianças precisam andar quilômetros para chegar até a sua escola, possibilitando um dia de alfabetização ou ainda um trabalhador que acorda às quatro da madrugada e com o estômago vazio vai para o canavial para ter a chance de receber três reais pelo dia exposto ao sol, a desidratação e as más condições de trabalho, só para levar alguns ovos para casa, que talvez será a refeição de seus filho, mas não a SUA!?
Será que é normal vermos que pessoas tiram a pureza e inocência de nossas crianças e ainda estão impunes... Normal é saber que o maior turismo é o sexual... Onde adolescentes que mal descobriram seus corpos e já estão oferecendo-os a "noruegueses" que atracaram no porto de Recife com a simples intenção de "conhecer as praias brasileiras"!
Normal é hoje poder se cultivar uma planta que aos poucos te deixa bitolado... Normal é a modernização e o advento do capitalismo... GIREM essa máquina...que cega, e ainda hoje utiliza o "pão e o circo" dados ao proletariado da ROMA antiga!
Cansei de ser Normal prefiro que me chamem de anormal... Pois hoje sei que o Mundo julga que muitas coisas são normais, coisas que na realidade são aquilo que convém... Isso receba esmolas do Governo assista o Programa do Ratinho e Nunca mais, nunca peça seus direitos... Pois, afinal de contas isso de "direitos" é uma ferramenta esquecida por artesãães que já não sabem a manusear aquilo que fora dado pelo divino! Aprenda a ser anormal antes que seja TARDE!
PRAZER... ANORMAL!